3 de março de 2009

Semana de 2 a 8 de março de 2009
(extraído do site: equipes-notre-dame.fr)
Tradução: Maria Luiza / Revisão: Geová

Meditação – Hino

Senhor, contigo iremos ao deserto,
Como tu, somos nós também conduzidos pelo Espírito,
E nos alimentaremos da Palavra de Deus,
E celebraremos nossa Páscoa no deserto:
Viveremos no deserto contigo.

Palavra de Deus: 1Pd 5, 8-9a


Prece

Conduz-me ao deserto, Senhor, mesmo contra meu desejo.
Fala ao meu coração, inclina-me a ti, ainda que procure fora de ti razões para esperar,
põe à prova meu desejo de ser todo teu.
Porque tu conheces meus desleixos, minha pobreza, minha miséria.
Da mesma maneira, poupa-me de uma tentação que me leve a te negar.
Pois tu somente és meu futuro, minha esperança, minha vida.
(Anônimo)

CADERNO DE ORAÇÃO
As três condições de toda boa oração de intercessão, segundo São Francisco de Sales, são as seguintes: faz-se necessário ser pequeno em humildade, grande em esperança, enxertado em Jesus Cristo crucificado.
E o santo comenta rapidamente cada uma das três condições.
Ele chama a primeira “aquela mendicância espiritual, da qual Nosso Senhor diz: Bem Aventurados os mendicantes de espírito, ou os pobres de espírito, estas duas interpretações não se contrariam. Faz-se necessário reconhecer que somos pobres, e que precisamos nos humilhar grandemente... É preciso que nos aprofundemos buscando o conhecimento de nosso nada.” A fórmula é forte. Francisco a retoma frequentemente em toda sua obra. Tornou-se evidente para ele que somente o reconhecimento de nossa miséria coloca-nos diante de Deus, suscitando sua misericórdia.
A esperança é a segunda condição para uma boa oração, mas é indispensável que a esperança seja fundamentada na caridade, outrossim não seria esperança e sim presunção. Ele compara então a esperança a uma flecha e conclui com uma bela imagem: “Se queremos que nossa oração penetre o céu é necessário amolar a flecha no mó de pedra do amor.”
Vejamos a terceira condição. Os anjos dizem que a Esposa apoia-se no Bem-Amado, assim como deve apoiar-se em Jesus Cristo crucificado. Ao aproximar-se da Paixão, ele compara a Cruz à árvore cantada no Cântico dos Cânticos, por suas folhas, suas flores e seus frutos.
Henri Caffarel