(extraído do site: equipes-notre-dame.fr)
Tradução: Maria Luiza / Revisão: Geová
Meditação – Hino
Senhor, contigo iremos ao deserto,
Senhor, contigo iremos ao deserto,
Como tu, somos nós também conduzidos pelo Espírito,
E nos alimentaremos da Palavra de Deus,
E celebraremos nossa Páscoa no deserto:
Viveremos no deserto contigo.
Palavra de Deus: 1Pd 5, 8-9a
Prece
Conduz-me ao deserto, Senhor, mesmo contra meu desejo.
Palavra de Deus: 1Pd 5, 8-9a
Prece
Conduz-me ao deserto, Senhor, mesmo contra meu desejo.
Fala ao meu coração, inclina-me a ti, ainda que procure fora de ti razões para esperar,
põe à prova meu desejo de ser todo teu.
Porque tu conheces meus desleixos, minha pobreza, minha miséria.
Da mesma maneira, poupa-me de uma tentação que me leve a te negar.
Pois tu somente és meu futuro, minha esperança, minha vida.
(Anônimo)
CADERNO DE ORAÇÃO
CADERNO DE ORAÇÃO
As três condições de toda boa oração de intercessão, segundo São Francisco de Sales, são as seguintes: faz-se necessário ser pequeno em humildade, grande em esperança, enxertado em Jesus Cristo crucificado.
E o santo comenta rapidamente cada uma das três condições.
Ele chama a primeira “aquela mendicância espiritual, da qual Nosso Senhor diz: Bem Aventurados os mendicantes de espírito, ou os pobres de espírito, estas duas interpretações não se contrariam. Faz-se necessário reconhecer que somos pobres, e que precisamos nos humilhar grandemente... É preciso que nos aprofundemos buscando o conhecimento de nosso nada.” A fórmula é forte. Francisco a retoma frequentemente em toda sua obra. Tornou-se evidente para ele que somente o reconhecimento de nossa miséria coloca-nos diante de Deus, suscitando sua misericórdia.
A esperança é a segunda condição para uma boa oração, mas é indispensável que a esperança seja fundamentada na caridade, outrossim não seria esperança e sim presunção. Ele compara então a esperança a uma flecha e conclui com uma bela imagem: “Se queremos que nossa oração penetre o céu é necessário amolar a flecha no mó de pedra do amor.”
Vejamos a terceira condição. Os anjos dizem que a Esposa apoia-se no Bem-Amado, assim como deve apoiar-se em Jesus Cristo crucificado. Ao aproximar-se da Paixão, ele compara a Cruz à árvore cantada no Cântico dos Cânticos, por suas folhas, suas flores e seus frutos.
Henri Caffarel
MEDITAÇÃO
ResponderExcluirIs 55, 10-11
“Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vês irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.
Pe. Caffarel nos diz:
“Por meditação, entendemos essa busca ansiosa do conhecimento de Cristo, que o amor exige, estimula e recoloca sempre, porque aquele que ama aspira a conhecer sempre e melhor para amar sempre mais...”
.......
Falando com a Samaritana Jesus respondeu:
“Se você conhecesse o dom de Deus, e quem lhe está pedindo de beber, você é que lhe pediria. E Ele daria a você a água viva. Quem bebe desta água que eu vou dar, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe darei, vai se tornar dentro dele uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (Jo 4, 10.13-14)
PRECE
No livro CRUZANDO O LIMIAR DA ESPERANÇA, publicado pela Livraria Francisco Alves Editora, o jornalista Vittorio Messori conta sobre uma entrevista que seria feita com o Papa João Paulo II
Pergunta:
Como – e por quem, e pedindo o quê – reza o Papa?
Resposta :
Seria necessário perguntá-lo ao Espírito Santo! O Papa reza assim como o Espírito Santo lhe permite rezar. Acho que deve rezar de modo que, aprofundando o mistério revelado em Cristo, possa cumprir melhor o seu ministério. E nisto é sem dúvida guiado pelo Espírito Santo. É mister apenas que o homem não levante obstáculos. “O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza.”
Pergunta:
E o que é que o Papa pede na oração? Com que é que se enche o espaço interior de sua oração?
Resposta:
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Sim, o Papa, como qualquer cristão, deve ter uma consciência particularmente clara dos perigos a que está sujeita a vida do homem neste mundo e o seu futuro no tempo, como também o seu futuro final, eterno, escatológico. Mas a consciência desses perigos não gera pessimismo, e sim estimula apenas a lutar pela vitória do bem em todas as dimensões. E é justamente deste combate pela vitória do bem no homem e no mundo que nasce a necessidade de rezar.
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A oração é procura de Deus, mas é também revelação de Deus. Através da oração Deus Se revela como Criador e Pai, como Redentor e Salvador, como Espírito que “esquadrinha tudo, até as profundezas de Deus” ( 1Cor 2,10), e, antes de mais nada, “os segredos dos corações humanos” ( cf. Sl 43(44), 22). Através da oração Deus se revela antes de tudo como Misericórdia, ou seja, Amor que vem ao encontro do homem sofredor, Amor que ampara, soergue, convida à confiança. A vitória do bem neste mundo se acha unida organicamente a esta verdade. Um homem que reza professa esta verdade e, em certo sentido, torna presente Deus, que é Amor misericordioso no seio do mundo (JOÃO PAULO II).