6 de abril de 2010

MEDITAÇÃO de 04 a 10 de abril de 2010

Meditação

Ó Cristo ressuscitado, nesta manhã de Páscoa desponta uma nova aurora. Venceste a morte, fazendo surgir uma vida nova. Vem rolar a pedra de nossos túmulos, vem nos erguer de todas as nossas mortes. Faz-nos tuas testemunhas, sê nosso companheiro de caminhada. Faze arder nossos corações como os dos discípulos de Emaús. Tu, o Vivente, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Prece

Só por hoje serei feliz, na certeza de haver sido criado para a felicidade, não apenas do outro mundo, mas já aqui nesta vida.
Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que elas se curvem aos meus desejos.
Só por hoje acreditarei firmemente, mesmo se as circunstâncias provem o contrário, que a generosa providencia de Deus cuida de mim como se nada mais existisse no mundo.
Só por hoje não temerei. E especialmente não terei medo de apreciar o que é belo e crer na bondade.
(Equipistas de Dublin)

Caderno de Oração

O ato mais livre de minha vida

Uma moçinha. Sua família não cristã matriculou-a numa escola liberal “para que ela tivesse uma melhor educação”. Apesar da oposição dos pais, aos nove anos já havia feito a primeira comunhão. Um dia, quatro anos mais tarde, o Cristo chamou-a. Aquele que Dante chama “gentil Senhor”, entra na sua vida, não por imposição. O amor não se impõe, se propõe. Eis a cena radiosa como uma declaração de amor:
“Um belo dia – tendo eu treze anos – o Senhor se manifestou. Eu gostava bastante de Teresa de Lisieux (através da História de uma Alma). Num clarão,Cristo mostrou-me um oceano de amor indizível me dizendo: “Queres”?” e ao mesmo tempo dando-me a força para nele mergulhar. Dentro de um instante minha vida foi tomada e transformada por aquele chamado. Fui como que iluminada de dentro. O “sim” que pronunciei em seguida foi talvez o ato mais livre de minha vida..., e pareceu-me que não teria podido dizer um não. “
No presente caso de nossa correspondente, o Senhor, ao mesmo tempo em que faz a pergunta, provoca nela a resposta, mas sem a forçar.
Como são significativas estas poucas palavras: “o ato mais livre de minha vida...”. Como não evocar aqui o apelo lançado por Cristo a Pedro e a André, a Tiago e a João na beira do lago, e suas respostas solícitas? Teriam eles deixado tão depressa suas redes e seus pais, se não tivessem sido movidos interiormente pela graça divina?
A pessoa que nos escreve esta página tem 49 anos. Consagrou-se ao Senhor e, agora nos diz que, apesar de todas as dificuldades surgidas, Deus concedeu-lhe a graça de não se arrepender nem um pouco de haver doado sua vida a Ele, naquele belo dia de seus treze anos.

Henri Caffarel. Caderno de Oração nº 137 (março – abril 1974)