5 de maio de 2009

MEDITAÇÃO PARA A SEMANA DE 27 a 03 de maio de 2009
(extraído do site: equipes-notre-dame.fr)
Tradução: Maria Luiza / Revisão: Geová

MEDITAÇÃO

Alegria de crer!
Alegria de Páscoa!
Alegria de viver e de amar!
Rendemos graças por tudo, Senhor!

PALAVRA DE DEUS
Cântico dos Cânticos 3, 1-4

PRECE

Senhor Jesus, és nosso Salvador e nosso Deus!
Faz que nosso olhar não se detenha sobre outra estrela senão aquela bondosa e misericordiosa que brilha sobre teu peito.
Que teu coração seja então, ó nosso Deus, o farol luminoso da fé, a âncora de nossa esperança, o socorro que vem em auxílio da nossa fraqueza, a aurora maravilhosa de uma paz inabalável, o sol que ilumina nossos horizontes.
Jesus, confiamos sem reservas em teu Divino Coração. Que tua graça converta nossos corações. Sustenta nossas famílias com tua misericórdia, guarda-as na fidelidade ao amor.
Que teu Evangelho dite nossas leis. Que todos os povos e todas as nações da terra se refugiem em teu coração amoroso e gozem da Paz que tu ofereces ao mundo, cuja fonte pura, de amor e caridade, brota do teu coração infinitamente misericordioso.
Amém.

CADERNO DE ORAÇÃO

Nosso Deus é um Deus ativo, criador. “Meu Pai e eu agimos sem cessar” dizia o Cristo. Ele me fez existir e me mantém a existência a cada instante de minha vida: isto no plano natural. Por ocasião do batismo tornou-me seu filho concedendo-me uma vida nova, tornando-me “partícipe da natureza divina”, como diz São Pedro (2Pe 1,4) e não de uma vez só, mas continuamente. Mas há uma diferença capital entre o plano natural e o plano da graça: no plano natural, mesmo se não guardo amizade com Ele, Deus não me retira a vida; enquanto que na ordem da graça, se não me abro à sua ação Ele não teria meios de continuar a me comunicar sua vida, pois seu amor, embora livremente doado, só pode ser concedido a um amor que o acolha. O amor, vocês sabem muito bem, propõe-se, mas jamais se impõe.
E eis onde intervém a oração. Ela é abertura a Deus, a ação de Deus, para que Ele possa me comunicar seu ser e sua vida. Por certo que já me abro a Ele através de sua Palavra e pelos sacramentos, mas há uma interiorização da Palavra, uma assimilação da virtude santificadora dos sacramentos que só se realizam sob os efeitos da oração. Orar é na verdade oferecer-me a Deus para que Ele tenha a oportunidade de me recriar. Entenda: para que Ele possa operar à vontade as maravilhas da graça que realiza naqueles que se deixam ser trabalhados. No entanto, os cristãos parecem não esperar de Deus outra coisa que um socorro que os ajude a viver uma vida mais ou menos dentro das normas morais. Eles não desconfiam que a alma onde Deus trabalha é uma floresta onde vibram sinfonias misteriosas, um fundo de mar com clarões inesperados, horizontes alargados, um céu de estrelas murmurantes. Lembrem-se do que disse Michelangelo ao pintar o teto da Capela Cistina. Enquanto pintava sua obra ninguém podia vê-la, pois era coberta por um toldo. Não cedia nem mesmo aos apelos do Papa. Enfim, um belo dia, a obra prima foi descoberta. Pois bem, esta obra não é nada em comparação com o trabalho de Deus numa alma que ora.
Henri Caffarel. Caderno de Oração nº 122 março-abril 1972